Dieese aponta sobrerrepresentação dos negros entre desempregados

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos divulgou o estudo Inserção da População Negra nos Mercados de Trabalho Metropolitanos, realizado no Distrito Federal e em quatro regiões metropolitanas – Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e São Paulo.

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“Em todas as regiões houve aumento das taxas de desemprego de negros e de não negros, porém, em Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo o acréscimo foi maior para os negros. As mulheres negras seguem com as maiores taxas de desemprego. Em relação aos demais grupos, a desigualdade é marcante quando se compara com a taxa dos homens não negros”, afirmam os técnicos do Dieese. Entre 2015 e 2016 o desemprego entre a população negra pulou de 14,9% para 19,4%.

Na distribuição entre ocupados, em 2016, a maioria (58%) da população negra trabalha no setor de serviços; 17,6% estão no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; 14,4% na indústria de transformação e 8,6% na construção.

Na distribuição por posição na ocupação, em 2016, 63,2% dos negros trabalham no setor privado (55,3% com carteira assinada e 7,9% sem), 16,6% são autônomos, 9,2% empregados domésticos e 6,7% estão no serviço público. Comparando com 2015, houve diminuição da participação dos negros no setor privado e crescimento no serviço público, autônomos e empregados domésticos.