Agricultores iniciam greve de fome contra reforma da Previdência

Pequenos agricultores integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores iniciaram nesta terça-feira (5) na Câmara dos Deputados greve de fome contra a reforma da Previdência. Frei Sergio Görgen, Josi Costa e Leila Denise Meurer asseguram que é "mentirosa" a promessa de Michel Temer de retirar os trabalhadores rurais da reforma. 

Militantes do MPA iniciam nesta quarta-feira (5), na Câmara, greve de fome contra reforma da previdencia - Mídia Ninja

“Nem a aparente retirada dos rurais da Reforma Previdenciária nos fará retroceder a luta, essa é uma Luta de Classe. Se nossos irmãos e irmãs urbanos serão atingidos também seremos, vamos nos manter firmes para barrar esses retrocessos”, apontou Bruno Pilon, do MPA.

Parceiro histórico do MPA, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MBA) divulgou nota nesta terça apoiando a greve de fome.  De acordo com a nota da entidade a aprovação da reforma da Previdência "fará realmente a fome e a miséria voltarem à realidade do nosso país".  O Mab também reafirmou o apoio a todas as formas de protesto e denúncia contra a violação do direito do trabalhador brasileiro à aposetnadoria.

Em 2017 completam-se 20 anos da greve de fome de 17 dias feita pelo militante do MPA, Frei Sérgio Görgen, que também está na greve de fome na Câmara. "O jejum de 17 dias em 1997 foi fundamental para a conquista de uma política de crédito agrícola para os camponeses e camponesas do país", destacou a nota do MAB.

Nesta quarta-feira as capitais brasileiras registraram atos públicos, marchas e paralisações contra a reforma da Previdência que Michel Temer pretende levar para votação em plenária ainda neste ano. Na sexta-feira (8) as centrais sindicais se reúnem para debater nova agenda de mobilização contra a proposta.