Alckmin diz que não fará oposição a Temer

 O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou nesta sexta do Mariana Godoy Entrevista, onde afirmou categoricamente que o PSDB não fará oposição ao governo de Michel Temer, rejeitado por 95% dos brasileiros.

Alckmin e Temer - DIVULGAÇÃO/PLANALTO

 "O PSDB não vai virar oposição, de jeito nenhum, nós temos responsabilidade. E para votar medidas que nós entendemos que é de interesse do povo brasileiro, que vai ajudar o Brasil a sair da crise, nós não precisamos ter ministério para isso, nós vamos apoiar da mesma forma", disse.

Provável candidato tucano às eleições de 2018, Alcmin vem patinando nas pesquisas de intenção de voto. Com o "abraço de afogados" com o governo de Michel Temer, é provável que suas chances diminuam ainda mais.

Na entrevista, Alckmin defendeu ainda a reforma da Previdência.

"Eu sempre defendi um regime geral de Previdência Social. Não tem sentido você ter um regime de Previdência para quem é funcionário público e outro regime de Previdência para quem é funcionário da indústria, da agricultura, dos serviços, do comércio, nós sempre defendemos um regime geral de Previdência”.

Questionado se, caso eleito, faria uma reforma previdenciária igualando Judiciário, Ministério Público, Polícias e várias outras categorias, o político observou: “Eu conheço um pouco legislação previdenciária, porque fui deputado federal e fui da Comissão de Seguridade Social e Família na Câmara, então estudei vários modelos.Sempre defendi um regime geral de Previdência Social. A Reforma da Previdência tem que ter dois objetivos: primeiro objetivo, justiça, porque você tem uma coisa extremamente diferente para aquele trabalhador da iniciativa privada e do setor público. (…) A outra é coibir o déficit, porque o Brasil vai quebrar”.

Alckmin respondeu se, assumindo a presidência do PSDB, cobrará que os representantes da legenda na Câmara votem de acordo com uma linha ou se liberará para que cada um vote de acordo com suas convicções: “Esse é um tema que nenhum partido vai ter unanimidade”.