Tucanos costuram acordo para Alckmin presidir PSDB

 Um acordo entre tucanos deve pavimentar nesta segunda-feira (27) o caminho para que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se torne o presidente do PSDB, na eleição que ocorre em dezembro, e ganhe mais visibilidade para ser o candidato do partido à Presidência da República em 2018. O presidente interino do partido, Alberto Goldman, confirmou, em entrevista ao Valor, que Alckmin deve assumir o comando da sigla pelos próximos dois anos.

PSDB de Geraldo Alckmin

A expectativa é que a decisão seja oficializada em um jantar do partido, nesta segunda (27), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

Mais cedo, o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo, retiraram suas candidaturas para comandar o partido. Com o acordo, Alckmin se torna candidato único para presidir o PSDB.

No mês passado, Tasso Jereissati, que presidia o PSDB interinamente, foi destituído pelo presidente licenciado, senador Aécio Neves (MG). A medida causou surpresa e abriu uma crise no PSDB, já que Tasso vinha fazendo a gestão do partido, depois que Aécio se tornou alvo de denúncias de corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF), com as delações de executivos da JBS.

À época, Aécio justificou seu ato como uma tentativa de dar "isonomia" ao processo, já que Tasso seria candidato à reeleição para presidir o PSDB.