Bolsonaro: "Policial que não mata não é policial"

Pré-candidato à Presidência da República e a favor da liberação do porte de arma para toda a população, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou nesta segunda (27) que "policial que não mata não é policial". 

Bolsonaro é condenado na Justiça por ofensa à deputada

A declaração foi feita um evento promovido pela revista Veja, no qual ele saiu em defesa dos 20 policiais militares do Rio de Janeiro suspeitos de participação na morte de 356 pessoas, segundo matéria publicada neste final de semana pelo jornal O Globo.

"Esses policiais têm que ser condecorados. Policial que não mata não é policial", disse. Em entrevista coletiva, o deputado disse que os policiais que participam de auto de resistência não deveriam ser nem sequer investigados.

Na ocasião, ele também defendeu que proprietários de terra possam portar fuzis para enfrentarem movimentos sem terra. Brincou até que seria uma boa ideia instituir o “bolsa fuzil”. O parlamentar se disse a favor do foro privilegiado para políticos investigados. 

Numa tentativa de tornar-se mais atraente para o mercado financeiro, Bolsonaro afirmou que conversa com o economista Paulo Guedes para que ele assuma o comando da área econômica, caso seja eleito em 2018. ntegrante do Instituto Millenium, Paulo Guedes tem PhD pela Universidade de Chicago, o economista é um dos fundadores do banco Pactual e do grupo financeiro BR Investimentos.

"Ainda não existe um noivado entre nós, mas um namoro. Se a gente teve um segundo encontro é porque houve uma certa simpatia", disse. Segundo ele, o conteúdo programático das conversas têmgirado em torno da manutenção do tripé macroeconômico, da redução da dívida publica e do "equacionamento da questão dos servidores". Sobre emprego e crescimento, nada.