Eletrobras adia decisão sobre privatização das distribuidoras

O conselho de administração da Eletrobras quer empurrar para 2018 a decisão de adotar o modelo proposto pelo BNDES na privatização das suas 6 distribuidoras de energia. Segundo informações do Valor desta sexta (24), a empresa está preocupada que a operação possa resultar, ao final, na assunção de dívidas da ordem de R$ 19,7 bilhões.

Torres Eletrobras - Foto: Valter Campanato/ABR

"(…) o conselho de administração pediu ontem o prazo adicional para avaliar a capacidade econômico-financeira da companhia de suportar essas obrigações 'e ponderar as consequências da eventual liquidação das distribuidoras'", publicou o portal.

Pelo modelo proposto, a Eletrobras iria assumir dívidas de R$ 11,2 bilhões das concessionárias. Além disso, os créditos e obrigações de distribuidoras junto aos fundos setoriais Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que somam R$ 8,4 bilhões a receber, também entraria no acordo.

A ideia é que, no dia 28 de dezembro, uma assembleia geral extraordinária delibere sobre o adiamento do prazo final para venda das companhias. Antes, ele acabaria em 31 de dezembro, mas agora pode ser projetado para 31 de julho de 2018.

A expectativa do governo Temer é que o leilão de privatização seja realizado em abril.