Pedro Cardoso apóia greve da EBC e critica racismo do presidente

O ator Pedro Cardoso que está no Brasil divulgando o romance de sua autoria “O Livro dos Títulos” criticou nesta quinta-feira (23) o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Laerte Rímoli.  Na segunda-feira (20), Rímoli compartilhou meme debochando da palestra feita pela atriz Taís Araújo denunciando o racismo na infância. Após a crítica, o ator cumprimentou os presentes e se retirou do programa ao vivo que estava sendo gerado na própria EBC. 

Pedro Cardoso apoio a grevistas da EBC e repudia a racismo de Laerte Rímoli - Reprodução

Cardoso declarou: “Se esta empresa, que é a casa do povo brasileiro, tem na presidência uma pessoa que fala contra isso eu não posso falar do assunto que vim falar aqui”.

No vídeo que circulou na tarde desta quinta nas redes sociais, Pedro demonstrou apoio aos trabalhadores da empresa, incluindo os que estão em greve reivindicando melhores condições de trabalho na empresa. “Cabe a mim o maior respeito a todos vocês: Aos que estão parados, aos que estão trabalhando aos que estão aqui. Mas diante deste governo que está governando o Brasil eu tenho muita convicção que as pessoas que estão fazendo essa greve estão provavelmente cobertas de razão”, enfatizou durante o programa.

Pedro afirmou que a EBC é a casa do povo brasileiro. “Soube que o presidente desta empresa, que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que tinha dito uma colega minha onde a presença do sangue africano é visivel na pele porque o sangue africano está presente em todos nós, em alguns de nós também presente na pele. Se esta empresa que é a casa do povo brasileiro tem na presidência uma pessoa que fala contra isso eu não posso falar do assunto que vim falar aqui”.

Na saída da EBC, Pedro Cardoso conversou com os trabalhadores que estão em greve que agradeceram o apoio dado pelo ator. “Diversidade é um valor absoluto da comunicação pública a gente não pode admitir um presidente racista, golpista que tá, que nos foi imposto”, disse uma das trabalhadoras que participa da greve. Pedro pediu que enviem informações sobre o Brasil. O ato vive em Portugal há dois anos. “Você tá fora eu tô ligado em tudo mas a gente não sente a temperatura. Eu cheguei aqui e senti a temperatura que tá o Brasil e é gravíssimo”, analisou.