Oásis no deserto

 Na América Latina atual, algumas democracias veem sendo substituídas por ditaduras neoliberais, formadas por maiorias conservadoras e submissas dos Congressos Nacionais, grupos midiáticos, parcela do Poder Judiciário e os conglomerados financeiros nacionais, que ao não conseguirem vencer as eleições presidenciais, tomam o Poder de assalto para tentarem impor a agenda perdedora.

Manuela Davila - Foto: Richard Silva

 Almir Forte*

O Brasil está envolto por esse furacão que rapidamente (mas não sem planejamento), transformou nossa democracia em árido deserto, onde florescem apenas o ódio, a miséria, a intolerância, a misoginia, a homofobia, o feminicídio, a discriminação religiosa, o racismo, o nazifascismo e o neoliberalismo. De forma explícita ou mascarada, os direitos vão se transformando em coisas do passado e, os sonhos, em pesadelos que parecem intermináveis, anulando qualquer esperança na humanidade.

Nesse novo Brasil, a politica foi marginalizada, judicializada e criminalizada, graças à ação nefasta dos grupos que se apossaram do poder desde a descoberta. São os mesmos grupos que desde a chegada dos exploradores portugueses veem comandando os destinos do país. O que se vê são os beneficiados de sempre, com os políticos em destaque nesta lista, dando “jeitinhos” para legislar em causa própria. O tempo levou latifundiários, proprietários de grandes fortunas e banqueiros a migrarem da Casa Grande aos palácios.

E ao menor gesto de mudança na condução dessa política fez o núcleo de poder de todas as esferas a se unir e articular a derrocada da democracia brasileira.

O fato de redistribuir a renda, dar voz aos sem nome, reafirmar direitos aos invisíveis, reconhecer as minorias, criar proteção ao patrimônio nacional, rejeitar a tutela do capital internacional e tentar se afirmar como um país soberano, não agradou aos donos do capital, que se sentiram lesados e retomaram o poder a força.

E para devolver o poder à sociedade, o PCdoB apresenta a Deputada Manuela D’Ávila como pré-candidata a presidente da República. Ela foi escolhida para defender a formação de uma frente ampla pelo desenvolvimento, pela ciência, pela reunificação do país com os movimentos sociais, com as indústrias nacionais, os intelectuais, os artistas, a juventude, os trabalhadores e todos aqueles que acreditam e lutam por um futuro de prosperidade, de paz e respeito aos brasileiros.

É nesse deserto de um país destroçado pela vilania, onde o ódio e o preconceito tentam se impor como se fossem naturais e essenciais, quando os brasileiros andam em círculo à procura de um oásis, de uma miragem, de um sonho factível, com esperança em um novo ciclo de desenvolvimento, que desabrocha essa flor de cactus, surgindo nas areias movediças do destino, no calor da luta, com sensibilidade, inteligência, com a beleza de caráter do povo brasileiro, com a sabedoria dos grandes estadistas, com a coragem e a força de novas ideias.

Essa flor do cactus resistente, ousada, íntegra e forte se chama Manuela. Mulher e mãe, Manuela D'Ávila, iniciou a luta no movimento estudantil, foi duas vezes deputada federal, agora, munida de coragem, conhecimento e a dignidade, forjados nas fileiras do PCdoB, está preparada para ser nossa Presidente da República e enfrentar os grandes desafios que se apresentam no cenário nacional e internacional, para que o povo brasileiro volte a sonhar e viver livremente.

Publicado originalmente no Jornal Fato (www.jornalfato.com.br)