Para Anastasia, PMDB não tem cacife para lançar candidato a presidente

Para reforçar a crise entre tucanos e peemedebistas,o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse acreditar que o PMDB deve se aliar a algum partido na eleição de 2018, pois a legenda não tem um nome forte como candidato ao Palácio do Planalto.

Juca e Anastasia CCJ reforma trabalhista - Agencia Senado - Agência Senado

“O PMDB é um partido muito forte no Brasil, mas é um partido que tem uma estrutura mais regionalizada, e tem uma estrutura com um apoio nos estados, mas é uma legenda, que nós percebemos que a nível nacional não tem ainda um candidato à Presidência, não tem um nome que se destaque como candidato. Eu acho que possivelmente o PMDB deve partir para uma composição, pode ser com o PSDB ou eventualmente com outro partido do centro político brasileiro”, afirmou ele, em palestra na manhã desta quinta-feira (16), em Belo Horizonte.

A declaração de Anastasia, afilhado político de Aécio Neves, contrasta com a declaração do também senador e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, que ao ser questionado sobre a crise entre as duas legendas, disse que o seu partido poderá lançar um candidato à Presidência se o partido tucano e nenhuma outra sigla da base aliada quiser defender o legado do governo Michel Temer.

“Se não tiver essa defesa do legado, o PMDB não vai ficar órfão da defesa desse legado. Se não tiver ninguém para defender, o PMDB vai lançar um candidato para defender esse legado”, afirmou Jucá.

Exercendo o seu mandato como senador até 2022, Anastasia disse que não disputará cargo algum nas próximas eleições, mas encampou a campanha da suposta “renovação”. “Precisamos de renovação, não serei candidato, mas participarei através de ideias. O PSDB mantém sua autonomia, mas apoiando as reformas consideradas fundamentais”, disse.