Almirante Othon reforça que sua prisão atendeu interesses estrangeiros

Em uma entrevista histórica, o vice-almirante da Marinha, Othon Luiz Pinheiro da Silva, fala sobre os abusos de sua prisão na Lava Jato, por quase dois anos, e sua condenação a 43 anos de prisão.

Othon e Wadih - Reprodução

"Sou um brasileiro que veio do Brasil profundo. Que ama esse país e quer dele uma potência de bem estar, que a gente conviva bem com os vizinhos. que seja um país que particpe do jogo mundial e que e que dê uma contribuição positiva. e a gente tem condições para isso", afirmou o almirante ao se apresentar na conserva com o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), que fez uma transmissão pelo Facebook nesta segunda-feira (13). 

Ao ser questionado se a sua prisão atendia a interesses externos por conta do papel destacado que tinha frente ao projeto nuclear brasileiro, o almirante Othon afirmou: "Tem alguns fatos. Estava preso em Curitiba e dez dia depois uma comissão estrangeira veio discutir de novo o protocolo adicional do tratado Internacional de não-proliferação que quando o ministro Jobim, no governo de Lula recusou a assinar porque era um tratado que feria a nossa Constituição. Permitiria que a casa de qualquer brasileiro, a qualquer momento sem um mandato judicial, fosse inspecionada", relatou o almirante, destacando que tal decisão incomodou os norte-americanos.

Ele, que é um dos maiores cientistas brasileiros e responsável pelo programa nuclear brasileiro, afirma que sua prisão atendeu a interesses alheios. Contou ainda que durante o período que ficou preso, ele tentou ser ouvido, sem sucesso, teve pedidos de soltura negados, ficou doente e chegou a tentar o suicídio.

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