Ninho pegando fogo: Tasso sinaliza que disputará presidência do PSDB

Há algum tempo o muro onde os tucanos estão deixou de ser um espaço de amigos. Eles não se bicam. Agora, a disputa é par ver quem vai ficar com a presidência da legenda. Numa reunião, nesta terça (31), o presidente interino do partido, Tasso Jereissati (CE), recebeu apoio de parte dos parlamentares e sinalizou a eles que vai concorrer à presidência da legenda em dezembro.

Tasso Jereissati

Mas a decisão ainda não oficializada aconteceu depois de um bate-boca de Tasso com membros da ala do partido que defendem a permanência tucana na base do governo Michel Temer. Segundo fontes citadas pela grande mídia, houve até ameaças de agressão mútua, Tasso disparou: "Esse PSDB desses caras não é o meu PSDB".

A reunião foi convocada pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), que tem encabeçado a campanha pelo desembarque. A reunião era para tratar dos projetos de reestruturação da comunicação e posicionamento do partido nas redes sociais produzidos pela empresa de publicidade Big Data.

A certa altura, os deputados Domingos Sávio (MG), Paulo Abi-Ackel(MG) e Giuseppe Vecci (GO) , aliados do senador e presidente afastado da sigla Aécio Neves (MG), questionaram a contratação da empresa em função dela ter atuado na campanha que elegeu Fernando Pimentel (PT) para o governo de Minas.

Segundo Tasso, o que aconteceu na reunião "foi uma reação delirante de Minas e Goiás", numa referência aos grupo de Aécio e Marconi Perilo, que também está na disputa pela presidência da sigla.

"Não entendi, uma coisa atabalhoada", disse Tasso, informando que, enquanto continuar como presidente interino do partido, dará prosseguimento ao plano de reestruturação da legenda.

A ala que defende a permanência do PSDB no governo Temer tem tentado isolar Tasso. e defendem que o senador deixe a presidência interina caso queira realmente concorrer ao cargo.

Ele por dua vez, demonstra que está disposto a brigar pela vaga. Antes de oficializar a candidatura, vai se reunir com o governador de Goiás, Marconi Perilo e também com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (SP).

São Paulo

Já no ninho tucano em São Paulo, o prefeito João Doria continua dando sinais de que vai acabar sozinho. A última do prefake foi contra o seu vice, Bruno Covas. Considerado o secretário mais importante de sua equipe, por comandar as Subprefeituras, Covas foi substituído por um integrante do MBL, que tem toda a simpatia de Doria.

Segundo fontes da grande mídia, o prefeito vai trocar o vice-prefeito de posto: vai para a articulação política da Prefeitura junto à Câmara de Vereadores.

Quem assume a mais importantes secretaria municipal é Cláudio Carvalho, ligado ao MBL e um dos responsáveis pela atuação do grupo nas redes sociais, ou seja, disseminador de ódio e fakenews.