CTB e CUT apontam prejuízos com “entrega” de blocos do Pré-Sal

"Mais uma etapa de uma agenda que desnacionaliza a economia brasileira, desmantela a cadeia produtiva envolvida e, sobretudo afeta brutalmente o financiamento da educação e a saúde. Só uma circunstância de um golpe possibilita tamanho ataque à soberania nacional", afirmou o petroleiro Divanilton Pereira, dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). 

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A etapa a que se refere Divanilton é a concretização do leilão de blocos do pré-sal que ocorreu nesta sexta-feira (27) e teve blocos arrematados por empresas estrangeiras.  

De acordo com o dirigente, a CTB sempre denunciou os escusos interesses por trás da venda do pré-sal brasileira e o impacto que isto terá na economia e PIB nacionais. Em julho, lançou um manifesto contra a privatização do setor e a condução das políticas para a área por parte do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Divanilton explicou também que no período de 2000 a 2014, a participação da cadeia de petróleo e gás no PIB brasileiro saltou de 3% para 13%. "Com este governo ultraliberal e a privatização fatiada da Petrobrás, não só o PIB vai sendo impactado negativamente como as perspectivas de geração de emprego e de valorização profissional vão sendo igualmente rebaixadas", diz o dirigente.

José Maria, coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), declarou:“É triste ver o Brasil doando o petróleo a um centavo a grandes empresas internacionais. Nossa soberania está indo para o ralo, junto com nossos empregos e o desenvolvimento do país”, falou.

O presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, "a entrega do Pré-Sal, patrimônio do povo brasileiro, para grupos internacionais a um centavo o litro, é mais um crime do governo ilegítimo de Temer contra o Brasil e contra os brasileiros".

Na opinião do dirigente, “Ao invés de ser investigado e punido por seus crimes de corrupção, o ilegítimo continua livre para vender as nossas riquezas naturais a preço de banana, prejudicando a classe trabalhadora e os mais pobres que seriam os mais beneficiados com melhorias na saúde e na educação com milhões de reais dos royalties".