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Mostra de Cinema de SP valoriza transformações promovidas pela 7ª arte

Não importa quantos eventos aconteçam paralelamente na capital paulista, é impossível notar alguma alteração nas ruas do centro da maior cidade da América Latina. No entanto, quem circula pelo eixo dos principais cinemas de rua nota que algo muda uma vez por ano. São os cinéfilos com seus crachás e programações na mão se acumulando em filas para acompanhar os filmes da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Mostra de cinema de SP - Divulgação

Este ano a Mostra começa nesta quinta-feira (19) e segue até o dia 1 de novembro. Com os homenageados, a programação pretende destacar artistas que contribuem com suas obras para a transformação do cinema e do mundo. Entre eles estão o artista plástico chinês Ai Weiwei e o cineasta francês Paul Vecchiali.

O foco este ano é a Suíça. Os amantes da sétima arte poderão mergulhar na produção cinematográfica do país famoso por produzir relógios. A Mostra vai premiar o diretor considerado um dos protagonistas da “renovação do cinema suíço” durante os anos 60, Alain Tanner e apresentar sete filmes que fazem parte da retrospectiva da obra dele. Além disso, traz a produção contemporânea

O Prêmio Humanidade vai par Ai Weiwei que além de artista plásticos é cineasta, fotógrafo e arquiteto. É ele quem assina a arte do cartaz desta edição da mostra. O mesmo prêmio também será concedido a Agnès Varda, único nome feminino por trás da Nouvelle Vague. Serão exibidos onze títulos dela, incluindo seu mais recente trabalho Visages, Villages, feito em parceria com o artista visual francês JR e vencedor do Olho de Ouro de melhor documentário no Festival de Cannes.

Neste ano, o Prêmio Leon Cakoff será entregue aos cineastas Paul Vecchiali e Alain Tanner e ao ator Paulo José. Vecchiali possui uma das carreiras mais sólidas e heterogêneas entre os cineastas franceses surgidos a partir dos anos 60. Serão exibidos oito de seus mais significativos filmes, seus longas-metragens mais recentes, além de seu novo filme, Os 7 Desertores (2017), o curta Três Palavras de Passagem (2015) e um documentário sobre a realização desse filme, Revisitando La Martine (2016), de Pascal Catheland.

Paulo José é o nome brasileiro que completa essa lista. O ator, que dedicou mais de 60 anos —dos seus 80— ao teatro, ao cinema e à televisão, também recebe o Prêmio Leon Cakoff. A homenagem faz parte da programação do vão-livre do MASP e conta com três longas protagonizados por ele: O Padre e a Moça (1966) e Macunaíma (1969), ambos dirigidos por Joaquim Pedro de Andrade, e O Homem Nu(1968), de Roberto Santos.

Exibições populares

Além do circuito de cinemas comerciais, a Mostra também acontece em cinemas e espaços alternativos com ingressos mais acessíveis ou gratuitos.

Salas como Sesc Belezinho, Campo Limpo, Osasco e a primeira exibição do dia na Cinemateca Brasileira não cobram ingresso, assim como as tradicionais sessões no parque Ibirapuera e no vão-livre do Masp.

Novidade neste ano, as sessões dos curtas de realidade virtual também serão gratuitas e ocorrerão no auditório do Cinesesc.

Além disso, dando prosseguimento à parceria iniciada em 2016, a programação se estenderá ao circuito Spcine na capital, e chegará a regiões fora do centro expandido como Itaim Paulista, Grajaú e Guaianases, com entrada gratuita.

Já as sessões que ocorrem no Centro Cultural São Paulo e no Cine Olido têm ingresso reduzido —a entrada custa R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). Nas sessões gratuitas, os ingressos (dois por pessoa) deverão ser retirados nas bilheterias com uma hora de antecedência.

Nos demais cinemas os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia) de segunda a quinta-feira e R$24 (inteira) e R$12 (meia) de sexta-feira a domingo.

Veja a programação completa no site da Mostra