Datafolha: tucanos venceriam em SP e MG; PMDB lidera no RJ

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira durante o Jornal Nacional, apresenta dados sobre a intenção de voto para governador dos três principais colégios eleitorais do País: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) tem 35% das intenções de voto, contra 18% de Marcelo Crivella (PRB). Em terceiro lugar, aparece a deputada federal Denise Frossard (PPS), com 10% do total de votos. O tucano Eduardo Paes patina nos 4%.

O petista Vladimir Palmeira 2%, Miltom Temer, do PSOL e Eider Dantas, do PFL Têm 2%, cada. Carlos Lupi (PDT) e Wanderley Martins (PL) ficam com 1%, cada.

A taxa dos que dizem votar em branco ou anular o voto é de 13% e 12% não sabem em quem votar.

Em votos válidos, a vantatem de Cabral sobre Crivella é de 47% a 25%.

Na simulação sem Crivella, mantidos os outros nomes, Cabral venceria no primeiro turno, com 43% contra 13% de Frossarde. Em votos válidos, ele atingiria 43%.

Na pesquisa espontânea, 68% dos entrevistados disseram não saber em quem votar. Entre os nomes citados, destacam-se Sérgio Cabral (4%), Rosinha Matheus (3%), Marcelo Crivella (3%), Anthony Garotinho (2%) e César Maia (2%).

A pesquisa foi realizada nos dias 23 e 24. Foram ouvidos 1.215 pessoas em 33 municípios. A margem de erro é três pontos percentuais, para cima e para baixo. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número 29331/2006.

São Paulo: vantagem de Serra é menor

No maior colégio eleitoral do país, o ex-prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB) venceria o senador petista Aloizio Mercadante na eleição para o governo do Estado já no primeiro turno.

A vantagem do tucano, no entanto, recuou sete pontos em relação à sondagem anterior tanto no cenário que inclui o ex-governador Orestes Quércia, do PMDB, como no que o peemedebista não disputa a eleição.

No quadro mais provável da disputa, com uma polizarização apenas entre Serra e Mercadante, a pesquisa realizada após a onda de violência no Estado de São Paulo computou 56 por cento das intenções de voto para o ex-prefeito e 17 para o senador. Há um mês, o Datafolha detectou Serra na frente por 63 a 16.

Com Quércia na disputa, o tucano também seria eleito no primeiro turno, de acordo com a sondagem, com 52 por cento das intenções de voto — eram 59 em abril. Mercadante oscilou um ponto para cima dentro da margem de erro de dois pontos percentuais e agora tem 15 por cento das intenções. O peemedebista tinha 12 e passou a 9 por cento.

Apesar da vitória de Serra em todos os cenários, o Datafolha realizou pesquisa sobre as intenções de voto em um eventual segundo turno, na qual o tucano superaria Mercadante por 62 a 23 por cento e Quércia por 63 a 18 por cento.

A pesquisa Datafolha, divulgada antecipadamente em acordo com a Rede Globo, ouviu 1.884 pessoas em 54 municípios do Estado de São Paulo.

Sem adversários, Aécio lidera em Minas

Em Mina Gerais, se as eleições fossem hoje, o governador Aécio Neves (PSDB), seria reeleito já no primeiro turno. O tucano tem entre 70% e 72% das intenções de voto, dependendo do cenário considerado, com possíveis adversários do PMDB (Maria Lúcia Cardoso e Tarcísio Delgado) e do PRONA (Jorge Periquito e Fábio Magalhães).

Quando são considerados só votos válidos, sem brancos, nulos e indecisos, Aécio chega a 86%. Nilmário Miranda (PT), também incluído em todos os cenários, atinge entre 6% e 7%.

Tarcísio Delgado obtém 3% nos dois cenários em que seu nome é incluído. Maria Lucia Cardoso atinge 2% em um dos cenários, e 1% em outro.

Na pesquisa espontânea, 29% indicam Aécio. Nilmário e Itamar Franco (PMDB) são citados por 1% dos entrevistados, cada.

Foram pesquisados 1.236 eleitores em 54 cidades entre os dias 23 e 24 de maio. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número 723072/2006.

Vale ressaltar que em Minas, Aécio conta com o apoio quase unânime dos maiores partidos. Até mesmo o PT, que pretende lançar o candidato Nilmário Miranda para disputar o governo estadual, deve fazer uma campanha de ataques moderados ao governador que, apesar de tucano, tem mantido boa relação com o governo federal.

Fonte: Folha Online