Reitor da UFPR: Apuração não deve descambar em punitivismo justiceiro

À luz do suicídio do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no início desta semana, o também reitor da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Marcelo Fonseca, afirmou que “apuração de malfeitos não pode se degenerar em denuncismo” e muito menos “deve descambar em punitivismo justiceiro”.

reitor da Universidade Federal do Paraná Ricardo Marcelo Fonseca - Reprodução

“Sobre os fatos dessa semana: a necessidade de apuração de malfeitos não pode se degenerar em denuncismo. O imperativo de apurar responsabilidades não deve descambar em punitivismo justiceiro. Moralidade pública não é a mesma coisa que moralismo administrativo”, escreveu o reitor da UFPR numa rede social.

Na última segunda-feira (2), Cancellier se matou num shopping de Florianópolis quinze dias depois de ter sido preso pela Operação Ouvidos Moucos. No bolso de sua calça foi encontrado o seguinte bilhete: “Minha morte foi decretada no dia do meu afastamento da universidade”.

A morte do reitor da UFSC foi atribuída ao excesso da atuação da Polícia Federal no caso, haja vista que a prisão de Cancellier e seu afastamento foram decididos unilateralmente sem ouvi-lo antes.

A tragédia em Santa Catarina reacendeu no Congresso Nacional a discussão acerca da punição ao abuso de autoridade.

Curiosamente, a UFPR também é alvo de investigação da Operação ‘Research’ que investiga suposto desvio de recursos públicos destinados à instituição. Desde dezembro de 2016, a PF investiga a concessão de bolsas relativas ao mandato anterior. Ou seja, a operação policial já dura quase 8 meses dentro da UFPR.