Temer força dança das cadeiras na CCJ para se livrar de nova denúncia

Para garantir resultado favorável a Temer, o governo já iniciou suas mudanças na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. Desta vez, o alvo foi um deputado do PR que votou contra Temer na primeira denúncia.

ccj - Reprodução da Internet

No lugar do deputado Jorginho Mello (PR-SC) entrou o suplente Delegado Edson Moreira (PR-MG), que na votação do Plenário foi favorável ao arquivamento da denúncia por corrupção passiva.

Com o mapa dos votos da primeira tentativa de investigar o peemedebista, o Planalto retoma sua estratégia de pressão, mudanças na comissão e promessa de cargos e quiçá de “incentivos financeiros” para ajudar no resultado favorável a Temer.

Apesar de dizer que se trata de um dia normal de trabalho, nesta terça-feira (3) Temer receberá mais de 40 deputados, numa maratona com previsão de quase 11h de duração.

Temer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de formação de organização criminosa e obstrução de justiça. No entanto, por se tratar de denúncia contra um presidente da República, cabe à Câmara liberar a investigação pelo Supremo Tribunal Federal. O processo precisa passar primeiro por análise da CCJ, mas o que vale mesmo é o resultado da votação em Plenário, onde 342 parlamentares precisam aprovar o andamento da denúncia.