Correios: Sindicatos ligados a Findect decidem manter greve

Após assembleia realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão, trabalhadores e trabalhadoras dos Correios decidiram manter a greve iniciada na última sexta-feira (22). Os estados que fazem parte da base da Federação Interestadual dos Sindicatos em Correios (Findect) e juntos correspondem por 75% do fluxo postal do país, cerca de 40% do quadro de funcionários da empresa.

Sindicatos filiados a Findect assembleia na campanha salarial - Reprodução do Portal CTB

O principal impasse na negociação é reajuste salarial. A empresa propõe 3% (reposição + aumento real) para janeiro. No entanto, a categoria reivindica um reajuste retroativo a sua data-base, em agosto.

“Os Correios apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 3%, mas só em janeiro do próximo ano. Nós queremos o aumento retroativo à data-base referente a agosto de 2017. Já estamos articulando com nossos parlamentares em Brasília para conseguirmos avançar regimentar forçasse avançar nessa negociação. Porque a greve continua firme e forte. E a tendência é crescer ainda mais, pois a categoria está mobilizada”, avisou Elias Cesário, o Diviza, presidente do Sintect-SP e vice-presidente da Findect.

A greve, que começou forte, tem ganhado novos adeptos de diversas áreas e pela primeira vez na história, registra-se a adesão de um número significativo de Atendentes Comerciais e o fechamento de duas Agências na capital, afirma a Findect.

“Peço aos trabalhadores que se mantenham firmes na greve. A empresa já viu nossa força e entendeu nosso recado. Precisamos manter nossa posição para avançar na luta por diretos. É hora de resistir aos ataques. Juntos somos mais fortes”, ressaltou o presidente do Sintect-RJ, Ronaldo Martins.

Mobilizações

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, trabalhadores dos Correios fazem protestos nesta terça e quarta-feira.

No Rio de Janeiro, a categoria integra, nesta terça-feira a partir das 9h, o grande ato nacional em Defesa da Soberania e Contra as Privatizações.

Em São Paulo, os ecetistas farão um grande ato, a partir das 9h, na avenida Paulista, no Vão Livre do Masp, na quarta-feira.

O ato contará com a participação do movimento dos Atingidos por Barragens (Mab), trabalhadores da Eletrobrás e da Cedae, entre outras representações sociais, todos juntos em defesa do patrimônio público e contra as ações do governo golpista.

Na quinta-feira (05), os ecetistas voltam se reunir em assembleias nos estados para decidir os rumos do movimento.

Maranhão