Evo aponta avanços obtidos pela nacionalização dos recursos naturais

Enquanto o governo de Michel Temer planeja privatizar empresas estratégicas brasileiras, ameaçando a soberania do país, o presidente boliviano Evo Morales aponta os avanços garantidos com a industrialização dos recursos naturais, depois de nacionalizá-los e devolver seus direitos ao povo.

Evo Morales - Divulgação

Durante a entrega de equipamentos de computação e da inauguração da unidade educativa no município de Samaipata, em Santa Cruz, nesta sexta-feira (29), Evo Morales enfatizou que o país caminha para a soberania tecnológica.

Segundo ele, o país avançou da nacionalização dos recursos naturais à industrialização dos hidrocarbonetos, com a inauguração da planta petroquímica produtora de ureia.

"Passamos da nacionalização à industrialização que é nosso legado para as futuras gerações", afirmou Morales.

Assinalou que, com a usina de ureia, localizada em Bulo Bulo, em Cochabamba, o país iniciou a era de industrialização dos hidrocarbonetos e representa um salto qualitativo na transformação do gás.

"Essa usina possibilitará o aumento de 2,5 milhões de áreas de cultivo para 17 milhões, o que aumentará em 42 por cento a produtividade no país e com isso a segurança alimentar", explicou o presidente.

Bulo Bulo tem uma capacidade de produção de 600 mil toneladas de ureia por ano, das quais 20% abastecerão o mercado interno, barateando assim os custos de fertilizantes e aumentando a capacidade produtiva para aqueles que cultivam milho, trigo, arroz, papa e quinua.

Evo Morales informou ainda que o governo trabalha para industrializar o lítio, o qual contribuirá à soberania econômica e energética da Bolívia.

Assegurou os trabalhos com o lítio colocarão o país em um lugar privilegiado a nível internacional, pois tem uma das maiores reservas do planeta.

Segundo ele, esses avanços foram possíveis graças ao aumento e sustentabilidade econômica da Bolívia, que colocaram o país como o primeiro em crescimento econômico na região durante 2009, 2014, 2015 e 2016.

Além disso, apontou que, após 11 anos de Estado Plurinacional e com o processo de mudança, o país tem muito futuro e pode entregar obras em benefício do povo, bem como ajudar outras nações afetadas por desastres naturais.

A Bolívia mantém sua projeção de crescimento econômico superior a quatro por cento do Produto Interno Bruto e uma inflação menor de 4,3 até dezembro.