Equador renova asilo a Assange “pelo tempo que seja necessário”

O presidente do Equador, Lenín Moreno, afirmou nesta quarta-feira (27) que seu país vai manter o asilo político para o fundador do Wikileaks, Julian Assange. O ativista está ilhado na embaixada equatoriana em Londres há mais de cinco anos porque a Inglaterra não deu salvo-conduto para que ele vá até o aeroporto para viajar para a América do Sul.

Julian Assange - Efe

Durante uma entrevista em rede nacional de TV, Lenín garantiu que a proteção a Assange será mantida “pelo tempo que seja necessário para salvaguardar sua vida”.

Depois de ser questionado sobre os motivos que levaram o Equador a dar asilo a Assange, e seus próprios motivos como novo presidente para manter a medida, Lenín justificou que: “eu acredito que a vida dele corre perigo e como o Equador não tem pena de morte e respeita o direito à vida, independentemente do que tenha feito o indivíduo, vamos manter o asilo”.

Assange está abrigado na embaixada do Equador em Londres há cinco anos, desde que passou a ser perseguido pelos Estados Unidos depois de ter revelado uma série de documentos secretos que denunciam práticas abusivas da política externa do país.

À época o asilo foi concedido pelo então presidente, Rafael Correa, e desde então, o ciberativista não pode sair do prédio, caso contrário, pode ser preso e enviado para julgamento em tribunal norte-americano.