EUA prometem cortes em subsídios para acordo na OMC

Os Estados Unidos estão preparados para fazer cortes radicais nos gastos com a agricultura no país, como parte de um novo acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC), disse o representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Portman.

Portman rejeitou sugestões de que uma proposta de comércio agrícola dos Estados Unidos feita em outubro iria, na realidade, permitir que o país gastasse mais do que os US$ 20 bilhões gastos atualmente por ano com subsídios para seus produtores. "É real e reduz bastante em relação ao subsídio oferecido atualmente", disse Portman após assinar um pacto de cooperação de investimento e comércio com o ministro suíço da Economia, Joseph Deiss. Os membros da OMC têm se esforçado para, até meados de junho, conseguirem um acordo cuja proposta básica prevê redução de subsídios agrícolas e de tarifas agrícolas, após mais de quatro anos de negociações.

 

Pouco após Portman ter se pronunciado, o presidente francês, Jacques Chirac, disse que a União Européia (UE) havia oferecido tudo o que podia sobre o comércio agrícola e os Estados Unidos agora eram os responsáveis pelo acordo. Portman tem pressionado a UE a reduzir suas tarifas agrícolas, dizendo que Bruxelas não ofereceu até o momento o suficiente para gerar aumentos "reais" no comércio.

 

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos têm sido pressionados pela UE e outros parceiros comerciais para oferecer maiores cortes nos subsídios domésticos do que os propostos em outubro. O Brasil, em especial, considerou que a proposta dos EUA iria permitir que Washington mantivesse os gastos com os subsídios agrícolas no mesmo nível, ao trocar o dinheiro de uma categoria de programa agrícola para outra. Portman disse durante meses que os Estados Unidos estão dispostos a reduzir seus subsídios agrícolas se a UE e outros países oferecerem cortes significativos em suas tarifas.

 

 

 

Com agências