Nicarágua rechaça qualquer forma de intervenção na América Latina

A representante da Nicarágua na ONU, María Rubiales de Chamorro, usou sua intervenção durante a 72ª Assembleia Geral da Organização nesta segunda-feira para deixar claro que seu país é contra qualquer forma de intervenção militar no território latino-americano e caribenho.

María Rubiales de Chamorro - Divulgação

“Ninguém quer intervenção militar dos Estados Unidos, ninguém está pedindo que venham intervir militarmente em nenhum país latino-americano ou caribenho”, afirmou a diplomata.

Chamorro declarou o apoio da Nicarágua à Cuba que ainda vive sob o bloqueio econômico norte-americano. Durante a gestão do ex-presidente Barack Obama houve uma pequena tentativa de tentar reestabelecer relações entre os dois países. Mas Donald Trump não está interessado em dar continuidade à esta política e já anunciou que o bloqueio será mantido, além disso endureceu as restrições às empresas que negociam com a ilha comunista e proibiu viagens de norte-americanos ao país.

“É doloroso ver renascer as medidas que mantém este bloqueio desumano contra Cuba e ameaçam à sua soberania. Nos unimos às vozes que dizem não ao bloqueio, ao povo de Fidel Castro, Raúl Castro e o libertador José Martí”, disse a diplomata.

A diplomata também criticou as sanções norte-americanas aplicadas contra a Venezuela e defendeu a Assembleia Nacional Constituinte, formada de forma democrática e soberana através do voto popular.

Chamorro defendeu ainda que a ONU deve trabalhar pela paz e para resolver os conflitos que podem ser superados com o diálogo e a negociação, sem o uso da força.