Ministro classifica tragédia em Mariana como “acidente e fatalidade”

Fernando Coelho Filho, da pasta de Minas e Energia, também disse que o povo brasileiro erra em não se orgulhar da atividade de mineração no país.

Tragédia de Mariana - EBC

O ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, classificou o desastre em Mariana-MG, maior crime ambiental da história do Brasil, foi “um acidente e uma fatalidade”. Em Nova York, durante seu discurso, nesta quarta-feira (20), ele também não mencionou a responsabilidade da mineradora Samarco.

Além disso, o ministro do governo Temer disse que desastre reforçou a imagem negativa da população brasileira em relação à mineração e ressaltou que países vizinhos se orgulham da atividade. “Nós tivemos recentemente o desastre de Mariana, que não contribuiu, mas aquilo tem que ser encarado como foi, de fato foi um acidente. Nós temos que trabalhar para que outros não ocorram, mas como uma fatalidade, você não tem controle sobre isso”, declarou a investidores, em seminário promovido pelo jornal Financial Times.

O ministro não mencionou a negligência da Samarco, responsável pelo rompimento da barragem de rejeitos, em novembro de 2015. Um relatório do Ministério Público Federal (MPF) aponta irregularidades na obra da mineradora.

Ele ainda defendeu o decreto que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB). Diante de diversas críticas, o Ministério das Minas e Energia publicou portaria suspendendo os efeitos do decreto por 120 dias.

Assista a reportagem do Seu Jornal, da TVT: