PM prende professores em panfletagem contra o Escola Sem Partido 

Docentes realizavam ato pacífico na estação de trem da cidade de Santo André quando foram abordados de forma truculenta pela Polícia Militar. Além de prisões, soldados apreenderam celulares dos manifestantes.

Escola sem partido - Facebook/reprodução

Um grupo de professores que panfletava, nesta quarta-feira (20), em Santo André, no ABC paulista, contra o projeto chamado de Escola Sem Partido – que os especialistas chamam de "lei da mordaça" –, foram abordados de forma truculenta pela Polícia Militar. Dois foram detidos. De acordo com relatos, a voz de prisão foi dada pelo fato de um dos professores gravar a abordagem em seu celular.

As informações são do site Esquerda Diário.

De acordo com o professor Rafael Bueno, um dos docentes detidos, desde a posse do prefeito Paulo Serra (PSDB), todas as manifestações populares na cidade sofrem com repressão policial, o que se repetiu ontem. "Foi uma tentativa de censura aos professores. A conjuntura atual está tão difícil que uma simples panfletagem já causa problemas. Há meses que qualquer manifestação em Santo André já traz a presença da Polícia Militar. Esse nível de repressão não tinha antes e está cada vez pior", lamenta, em entrevista ao site.

A professora e assistente social Sol Massari explica que a voz de prisão só foi dada à ela dentro do 1º DP de Santo Antes – onde os professores foram levados. "O que aconteceu hoje foi uma afronta à liberdade. Na delegacia, o PM que prendeu o Rafael se dirigiu a mim, falou que eu era testemunha e acrescentou 'eu não te peguei lá, mas te pego aqui", narra.

Manifestantes relatam que a panfletagem na Estação Santo André (Linha 10 – Turquesa) era pacífica. "A gente estava fazendo uma panfletagem totalmente pacífica, vários populares tentaram defender os professores. É um absurdo o que está acontecendo, querendo calar a voz da população que se manifesta", afirma Maíra Machado, também professora.

Confira o vídeo: