Doria assume traição e admite disputar prévias com Alckmin

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), resolver assumir oficialmente a traição ao seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, e afirmou que está trabalhando para disputar a vaga de candidato a presidente em 2018.

Doria e Alkimin

Com um sorriso botox, Doria afirmou que fica "constrangido", pois gosta de Alckmin. "É meu amigo", disse. Apesar disso, a senha em disputar a vaga fala mais alto no coraçãozinho do tucano.

"Eu tenho, pessoalmente, muito constrangimento, porque gosto do governador Alckmin, é meu amigo e por quem mantenho profunda admiração. Preferiria não, mas o tempo vai dizer, temos até dezembro, início de março, para formatar isso", afirmou ele, após participar da abertura do Fórum Latino-Americano de liderança estratégica em infraestrutura, na capital paulista.

Apesar da facada nas costas de Alckmin em plena praça pública, Doria garante que "PSDB continua e continuará unido".


As declarações de Fernando Henrique Cardoso durante evento da Lide, grupo de lideranças empresariais, deixaram doria mais à vontade para assumir a traição ao seu padrinho. FHC disse que as pesquisas de intenção de voto "dizem pouca coisa" e que os resultados deste tipo de estudo devem vir acompanhados de uma "avaliação qualitativa" para que o PSDB possa definir quem será o seu candidato à Presidência da República em 2018.

"Pesquisa é um indicador, tem que ver o que ela representa, tem que ver que apoios essa pessoa (que lidera) tem. É normal que se faça uma prévia dentro do partido. O prefeito de São Paulo [João Doria – PSDB] foi eleito em uma prévia de dois turnos, não vejo nenhum inconveniente nisso", disse.

Contudo, Doria, que viajou por noves estados no último mês, disse não ser contra a realização de prévias, mas defendeu o uso de pesquisas, que são um instrumento "bom e legítimo para se ter a avaliação dos candidatos".