Assange: ameaças dos EUA provocaram militarização da Coreia Popular

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, declarou que as "ameaças dos EUA" provocaram a militarização e a ampliação do programa de mísseis na Coreia do Norte.

julian assange

Neste domingo (3) o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o novo teste nuclear, realizado por Pyongyang, representa perigo para os Estados Unidos. O chefe de Estado anunciou a possibilidade de romper as relações comerciais com países que "fazem negócios" com a República Democrática Popular  da Coreia (RDPC) e afirmou estar preparando um novo pacote de sanções contra o país.

"As permanente ameaças dos EUA à Coreia Popular levaram o país à completa prontidão militar, ampliando a pesquisa e desenvolvimento de mísseis, a união e o apoio ao regime", declarou Assange em sua conta no Twitter.

Bomba de hidrogênio

Neste domingo, as autoridades da Coreia do Norte declararam sobre um bem-sucedido teste de uma bomba de hidrogênio. Pyongyang manifestou a intenção de instalar ogivas desse tipo em seus mísseis balísticos intercontinentais. A ordem de realizar o teste foi dada pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un. De acordo com Pyongyang, o teste não provocou vazamento de radiação, nem outros efeitos negativos para o meio-ambiente.

De acordo com a agência de notícias KCNA, imagens de Kim inspecionando o que dizem ser o carregamento da bomba de hidrogênio em um míssil intercontinental foram divulgadas. "O poder explosivo da bomba foi ajustado de dezenas para centenas de quilotons e pode ser detonada de grandes altitudes.

Como seus componentes foram produzidos localmente, isso permite que o país possa fazer quantas armas nucleares quiser", ressalta a publicação. A Itália, os Estados Unidos, a China, a Rússia, o Japão, a Coreia do Sul, a França, além da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia condenaram o novo teste.