Mãe de vítima de neonazista afirma que não falará com Trump

Susan Bro, a mãe de Heather Heyer, a jovem que morreu no final de semana em Charlottesville (Virgínia) após atropelada por um supremacista branco, afirmou nesta sexta-feira (18) que não falará com o presidente dos EUA, Donald Trump, depois que ele "equiparou" os manifestantes com os neonazistas.

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Trump havia mostrado interesse de conversar com Bro, apesar de dizer que “esperaria o momento adequado” para falar com a família.

 
"Não tinha visto as notícias até ontem, quinta, (17) à noite e não vou falar com o presidente depois do que ele disse", afirmou nesta sexta Bro em uma entrevista à emissora ABC depois de a Casa Branca anunciar o interesse de Trump em conversar com ela. 
 
"Não é que tenha visto os tweets de alguém sobre ele, vi seu vídeo em uma coletiva de imprensa equiparando os manifestantes com KKK [Ku Klux Klan] e os brancos supremacistas", disse, se referindo ao recuo de Trump na condenação aos neonazistas e supremacistas.  "Não pode simplesmente me dar a mão e dizer 'sinto muito'. Não vou perdoá-lo por isso", acrescentou Bro.
 
Heyer, de 32 anos, morreu ao ser atropelada por um veículo que foi jogado contra uma multidão de pessoas que protestava em uma manifestação antiracista contra os supremacistas brancos em Charlottesville (Virgínia) no sábado (12).
 
O motorista, James Alex Fields Jr., foi fotografado assistindo à marcha de neonazistas. Ele foi detido e acusado de assassinato em segundo grau após o atropelamento, no qual 20 pessoas ficaram feridas.