Ministro da Defesa venezuelano diz que ameaça de Trump é "loucura"

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, tachou nesta sexta-feira (12) de "loucura" a ameaça feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que uma "ação militar" não está descartada no país sul-americano.

Vladimir Padrino López - Divulgação

"Eu digo que isto é um ato de loucura, de supremo extremismo. Há uma elite extremista no governo dos EUA, sobre a qual eu realmente não sei o que está acontecendo. O que vai a acontecer no mundo, se eles vão acabar com a humanidade, com o planeta Terra e todos os seus recursos?", disse o ministro.

Durante uma entrevista por telefone à emissora estatal VTV, Padrino López disse preferir que a diplomacia venezuelana tome uma posição pelo governo, e acrescentou que, "como um soldado", estará ao lado das forças armadas "na primeira fileira, defendendo os interesses e a soberania" da Venezuela.

O ministro de Comunicações venezuelano, Ernesto Villegas, informou pouco depois que o governo de Nicolás Maduro notificou o corpo diplomático acreditado em Caracas para tratar deste assunto neste sábado (12), "quando será divulgado um comunicado sobre a ameaça imperialista contra a Venezuela".

"Temos muitas opções para a Venezuela, inclusive uma possível ação militar se for necessário", disse Trump em seu clube de golfe de Bedminster (Nova Jersey), onde está passando suas férias, após reunir-se com o secretário de Estado, Rex Tillerson; a embaixadora na ONU, Nikki Haley, e seu conselheiro de segurança nacional, H.R. McMaster.

"Não vou descartar uma ação militar (…). A opção militar é algo que, certamente, podemos buscar", enfatizou o presidente americano aos jornalistas.

"Temos tropas no mundo todo, em lugares muito distantes. A Venezuela não é muito longe. E as pessoas estão sofrendo e morrendo", acrescentou Trump.