EUA apostam em guerra civil para invadir a Venezuela, diz ministro

O vice-ministro venezuelano de Relações Exteriores para a América do Norte, Samuel Moncada, denunciou nesta segunda-feira que os EUA têm interesse em desestabilizar seu país para intervir na política interna. “O governo dos EUA promove o cenário de guerra civil artificial na Venezuela para justificar a intervenção com respaldo de organismos e outros governos da região”, disse.

Venezuela - oposição - Divulgação

O ministro usou sua conta no Twitter para abordar o tema e disse que as sanções anunciadas por Donald Trump contra a Venezuela, além da suspensão do país do Mercosul e as manobras de ingerência promovidas pela OEA (Organização dos Estados Americanos), configuram este objetivo norte-americano. 

“O impulso de uma guerra civil na Venezuela tem, entre seus artífices, Herber Mc Masters, assessor de Segurança Nacional do governo estadunidense, que confirmou recentemente o plano da CIA para coordenar ações com outras nações a fim de derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro e frear o avanço da Assembleia Nacional Constituinte”, denunciou o diplomata.

Segundo Moncada, para cumprir o objetivo de intervir em seu país, Mc Master se reuniu com o presidente do Congresso venezuelano, Julio Borges para traçar um plano “rápido” de “solução” para a conjuntura interna que conduziria a uma guerra civil.

Diante deste cenário, “alentado por porta-vozes da oposição venezuelana, está claro que os políticos locais não são pró-democracia, na verdade, são pró-EUA e sacrificam seu país por interesses estrangeiros”, disse o ministro.

Moncada é incisivo ao dizer que as afirmações de Mc Master vão ao encontro das declarações do almirante James Stadrivis, ex-chefe do Comando Sul, que recentemente falou sobre a necessidade se produzir “uma guerra civil iniciada pela oposição cujo objetivo é a intervenção estrangeira”.

Com isso, o diplomata diz que os EUA são o chefe do plano contra a Venezuela, mas não quer estar a frente da ação, para isso têm os governos locais, como o do Brasil que se dispôs a receber soldados norte-americanos para treinamentos na Amazônia brasileira.