Reunião do Mercosul convocada pelo Brasil é manobra contra Venezuela

Apesar do cerco midiático, promovido pelo governo dos Estados Unidos contra a Venezuela, o país conta com o apoio e alianças no setor econômico, como a China e a Rússia, indicou nesta sexta-feira (4) o ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza.

Jorge Arreaza - Referencial

Entrevistado pela Telesul, o chanceler venezuelano assinalou que com o estabelecimento de um mundo multipolar, impulsionado pelo comandante e líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, a Venezuela poderá enfrentar as constantes agressões empreendidas pelo governo estadunidense, que atualmente exerce pressão sobre outros países para frear o desenvolvimento da nação sul-americana.

Neste sentido, a Venezuela – reiterou o chanceler – mantém firme sua disposição de ter boas relações com o governo dos Estados Unidos, baseadas no respeito à autoderminação dos povos.

“A Venezuela quer boas relações com todos os países. A única coisa que pede em troca é o respeito à autodeterminação. A Venezuela quer bona relações com os Estados Unidos”, sublinhou Arreaza.

Para fortalecer a diplomacia bolivariana de paz – detalhou – o Ministério das Relações Exteriores trabalhará com a Assembleia Nacional Constituinte, instância que foi instalada na sexta-feira, para assim poder levar a verdade da Venezuela ao mundo diante a da campanha midiática empreendida pelas corporações privadas.

“Temos que trabalhar em conjunto (com a Assembleia Nacional Constituinte) para dizer a verdade, e desenvolver-nos, melhorar nossa política comunicacional, e enfrentar o que tivermos que enfrentar”, enfatizou o chanceler.

Como parte desses ataques, indicou Arreaza, se encontra a reunião que o Mercosul realizar neste sábado (5), no Brasil, que viola os acordos internacionais, entre ele o Protocolo de Ushuaia, que protege os direitos humanos e a democracia.

“É mais uma manobra. Esperemos que retifiquem, que os países que vão reunir-se levem em conta a realidade venezuelana e apoiem a paz na Venezuela, através do diálogo e vejam o resultado da Assembleia Nacional Constituinte e levem em conta a institucionalidade venezuelana”, afirmou.