CUT: É preciso enfrentar os novos desafios do sindicalismo

A luta é longa, passa pela eleição de Lula em 2018 e por muita reflexão e organização para enfrentar os novos desafios que estão colocados ao sindicalismo. Esse foi um dos recados da mesa de abertura do Congresso Extraordinário da CUT Pará, na manhã desta quinta-feira (03), na agem montada no Instituto Sagrada Família.

Congresso Extraordinário da CUT Pará - Vera Paoloni

Na mística de abertura, 16 representantes de entidades e movimentos sociais apresentaram brevemente suas realidades e prioridades no contexto atual, embasando o debate sobre os “Desafios da Atual Conjuntura”.

O Secretário Geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre e o residente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), João Batista optaram por fazer uma abordagem a partir do quadro político e mostraram que não há outra saída que não seja a eleição de Lula em 2018 para que o Brasil volte a reduzir as desigualdades. “É preciso compreender o golpe e o que ele pretende. Nós temos que derrotar esta visão de país implementado pelas forças golpistas e resistir aos desmontes de direitos. E só há um plano: Lula”, enfatizou Sérgio Nobre.

Com relação a luta política no Pará, João Batista observou que, para as eleições de 2018, o PT vai lutar para construir uma aliança de esquerda com o PCdoB, PSOL e REDE. Segundo ele, a luta para derrotar o golpe é longa e é preciso fortalecer as entidades sindicais porque elas são a força do PT.

Sobre qual caminho seguir, a Vice-presidenta da CUT Nacional, Carmen Foro, e o Secretário de Formação e Organização Sindical da Confederação dos Trabalhadores em Agricultura (CONTAG), Carlos Augusto (Guto) Santos, optaram por fazer autocrítica. Carmen Foro alertou que vivemos novos tempos e que o novo sindicalismo que a CUT representou já ficou velho. “Temos que saber como enfrentar esses novos tempos, como abordar os trabalhadores terceirizados, como enfrentar a auto-organização. Aquele nosso velho jeitinho não cabe mais agora”.

Guto da Contag defende a necessidade dos sindicatos e entidades fazerem uma reflexão do seu papel no movimento sindical de trabalhadores do campo e da cidade. “Precisamos deixar de ser corporativos e burocráticos, precisamos fazer o debate da luta de classe e investir na formação para qualificar a capacidade crítica de nossa base”.

O Congresso Extraordinário da CUT Pará encerra nesta sexta-feira (4) com o debate e aprovação de um plano de lutas.