Greve no metrô de SP pode coincidir com paralisação dos ferroviários

Além dos ferroviários, os trabalhadores do metrô de São Paulo ameaçam parar as operações de transporte dia 1º de agosto. Em assembleia quinta-feira (20) no Sindicato, os metroviários aprovaram a realização de uma greve de 24 horas contra a terceirização das bilheterias e as reformas de Temer.

Trens do metrô de sp parados no pátio no Jabaquara

Caso seja ratificada em nova assembleia dia 31, a paralisação coincidirá com a greve convocada pelos ferroviários contra a iniciativa da CPTM de reduzir os salários da categoria.

Os metroviários da capital paulista travam uma árdua luta contra a privatização do sistema e a terceirização das bilheterias. No final de junho, quando o sistema terceirizado de venda de bilhetes entrou em vigor na Linha 5 – Lilás, um grupo de trabalhadores chegou a ocupar a estação Capão Redondo para resistir à medida.

Wagner Fajardo Pereira, um dos coordenadores da secretaria-geral do Sindicato, disse à Agência Sindical que a terceirização das bilheterias “é um desrespeito total com a classe trabalhadora”. Segundo o sindicalista, a medida vai tirar profissionais concursados para colocar no lugar pessoas recebendo salários mais baixos, de R$ 800,00, sem nenhum direito.

“Essa terceirização é um absurdo! É uma total precarização do trabalho. Os metroviários não vão aceitar isso pacificamente, porque é uma forma de burlar o concurso público. O Sindicato já está contestando isso na Justiça”, afirma Fajardo.

O dirigente diz que a privatização das bilheterias das estações da linha 5 – Lilás e 17 – Ouro atingirá diretamente 1.200 trabalhadores, que, segundo a empresa, seriam remanejados. Porém, até o momento, não foi dada nenhuma garantia que os postos de trabalhos serão mantidos. Nesta terça-feira (25), os metroviários promovem Ato Público na Sé, a partir das 17 horas, em protesto contra a precarização.