UGT: Precarização de emprego não retoma crescimento econômico

Nesta quarta-feira (19) a União Geral dos Trabalhadores comemora 10 anos de existência. Em entrevista à Agência Sindical, o presidente da entidade, Ricardo Patah ressaltou que o compromisso da UGT é com reformas que melhorem a vida do trabalhador.

UGT contra reforma trabalhista - UGT

"Somos uma Central reformista. Durante o 3º Congresso, definimos nossa linha de reformas. Primeiro política e tributária, mas o governo optou por atacar o lado mais fraco, que é o trabalhador. Essa reforma trabalhista é um ledo engano. Não é possível retomar o crescimento econômico com precarização do emprego e redução de salários", enfatiza.

A Central se declara frontalmente contrária ao trabalho intermitente, grávidas trabalhando em local insalubre, representação dos trabalhadores sem a presença do Sindicato, ausência das entidades de classe nas homologações e o negociado prevalecendo sobre o legislado, entre outras imposições da reforma neoliberal do governo Temer.

"Por isso, queremos que o governo edite Medida Provisória que repare esses absurdos. Essa é uma ação imediata", ressalta Patah.

Formação

Ante a conjuntura brasileira atual, a formação sindical é outra grande preocupação da Central. Presente desde a fundação, o assessor da Secretaria de Organização Político-Sindical da UGT Nacional, professor Erledes Elias da Silveira, se orgulha de já ter coordenado cerca de 250 cursos de formação em todo o País.

Segundo ele, somente através da formação é possível compreender o que está acontecendo no mundo e sua relação com as lutas trabalhistas. "É fundamental para o sindicalista ter uma compreensão do seu papel na história, seu compromisso político-ideológico. Principalmente em uma conjuntura como essa que estamos vivendo. É preciso que tenhamos propostas para discutir com o trabalhador, como vamos sair do buraco criado por essa crise", comenta Erledes.