Israel descumpre acordo da ONU e invade território palestino

Depois de 25 anos cumprindo o acordo da ONU, Netanyahu, líder israelense, invade o território palestino desabrigando os árabes e possivelmente criando um novo conflito na área

Por Carolina Marcheti  

palestina

Com o avanço do movimento sionista judeu (busca pela Terra Prometida), uma grande quantidade de judeus, a partir da segunda metade do século XIX, migrou em massa em direção aos territórios da Palestina, região ocupada pelos árabes desde o século III d.C e que era habitada por cerca de 500 mil palestinos. A ocupação vem se expandindo desde 1948 expulsando o povo palestino e ferindo o direito deles sobre sua terra.

Em 1992, no governo do premiê israelense Yizhak Rabin, foi assinado um acordo de paz entre Israel e a Palestina em que Israel se comprometia a não construir novas colônias de judeus na Cisjordânia, que é território palestino. Todavia, após 25 anos cumprindo o acordo, o governo do atual premiê, Benjamin Netanyahu, que é formado pela direita e pela extrema direita, decidiu rever essa orientação.

Ocupou-se então na Cisjordânia o local que os israelenses denominaram de “Amichai” e em 20 de junho tiveram início as primeiras obras de infraestrutura da colônia. O custo estimado é de 127 milhões de shekels (R$ 118 milhões).

“Esse é mais um crime de Israel contra palestinos. A construção de novas colônias ou assentamentos, a qualquer pretexto, é ilegal e fere resoluções da ONU. O sionismo necessita dessa expansão territorial para cumprir com os seus objetivos de instalar definitivamente um Estado judaico em território palestino” disse Marcos Tenório, coordenador do Núcleo do Cebrapaz no Distrito Federal.

Embora até o presidente dos Estados Unidos Donald Trump tenha dito a Netanyahu que ele não deveria invadir novos territórios para tentar manter a paz entre Israel e Palestina, o premiê israelense parece satisfeito com seu feito que desabrigou palestinos e pode provocar novos conflito e aumentar ainda mais a tensão entre palestinos e israelenses.

Para os palestinos, novos assentamentos sempre significam perda de suas terras ou restrições de acesso. Os assentamentos, que são considerados ilegais ao abrigo do direito internacional, também trazem ameaças de ataques de colonos a vidas e bens palestinos.

Amichai, foi construída com um nome que significa "Meu povo vive", em hebraico, como se o povo judeu estivesse lutando por sua existência. Porém, como se sabe, o país tem um dos maiores exércitos do mundo, enquanto os palestinos, que foram em sua grande parte exterminados por Israel, lutam por sua existência e pelo reconhecimento como país soberano.