Trabalhadores fazem pressão em Brasília contra a reforma trabalhista

O projeto de Lei da Câmara (PLC) 38 que trata da reforma trabalhista está na pauta do plenário do Senado para ser votado nesta terça-feira (11). Lideranças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e parlamentares de oposição prometem não dar trégua aos senadores reivindicando a rejeição da proposta. 

CTB Vigilia no senado 11 de julho - Portal CTB

Nesta segunda-feira (10), o relator o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) deu parecer favorável à denúncia contra Michel Temer feita pela Procuradoria-Geral da República. O presidente é acusado de corrupção passiva resultado das denúncias feitas pelo executivo Joesley Batista. Mesmo diante deste cenário, governistas avançam com a reforma trabalhista.

Dirigentes da CTB, mobilizados pela manhã na entrada do anexo II no Senado, reforçaram a importância de manter a resistência contra a medida do governo Michel Temer, que altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho provocando “uma devastação nos direitos sociais e trabalhistas”, afirmam os sindicalistas.

Ao lado do deputado federal e metalúrgico Assis Melo (PCdoB-RS), Vicente Selistre, vice-presidente da CTB, ressaltou o papel incansável dos parlamentares da oposição. Na opinião de Selistre, nesta terça os trabalhadores enfrentam “a mãe das batalhas”.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) declarou nas redes sociais que “os trabalhadores podem perder direitos históricos consagrados na Constituição”. De acordo com a parlamentar, “a sociedade precisa cobrar dos seus representantes no Senado, pois o que de fato está em jogo é a possibilidade de um grande retrocesso”.

O senador Paulo Paim (PT-RS) convocou os convidados da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, que se reunião nesta segunda-feira (10), e toda a sociedade a fazerem uma vigília contra a reforma trabalhista. Paim chamou a atenção para a importância da população acompanhar a discussão e observar quem são os parlamentares favoráveis e contrários ao texto.

"Cada homem e cada mulher desse país, acompanhe o passo a passo dessa reforma, todos sabemos que ela é cruel, desumana e praticamente revoga a Lei Áurea", disse Paim.

A CUT e os sindicatos filiados à central em Brasília realizam nesta terça, a partir das 10h, marcha contra a reforma trabalhista. A concentração será no Espaço do Servidores na Esplanada dos Ministérios. A ideia é manter o povo na rua para pressionar os senadores que ainda não decidiram o voto.

Em nota divulgada nesta segunda, a Frente Brasil Popular orientou as entidades que integram a frente a se mobilizarem em Brasília contra a reforma. Também foi recomendado o acesso ao site Na Pressão que disponibiliza ao internauta o acesso aos contatos e redes sociais dos senadores. Acesse AQUI