Tensão entre Rússia e os Estados Unidos cresce antes da reunião do G20

Pouco antes da reunião de cúpula do G20, que ocorrerá em Hamburgo, na Alemanha, os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, externaram discordâncias sobre questões como alianças e as relações comerciais que os países devem ter entre si.

trump putin

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) adotaram sanções econômicas contra a Rússia por seu papel na crise na Ucrânia. As sanções, coincidiram com uma importante queda nos preços do petróleo, que levaram a Rússia a registrar a recessão mais prolongada desde que Vladimir Putin chegou ao Kremlin em 2000.

"Nós não concordamos com essa abordagem", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que lamentou a falta de entendimento entre a Rússia e os EUA. As sanções contra a Rússia pela crise ucraniana "vão contra os princípios do G20 de uma cooperação no interesse de todos os países do mundo", escreveu Putin em um artigo de opinião publicado pelo jornal econômico alemão Handelsblatt.

 

Ele continua “estou convencido de que apenas as relações comerciais abertas, baseadas em normas e parâmetros uniformes, podem estimular o crescimento da economia mundial e favorecer um avanço nas relações entre Estados”.

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que diferentemente de Putin, defende posições protecionistas na área comercial, afirmou nesta quinta-feira (6) que a Rússia tem "comportamento desestabilizador" e que trabalha com aliados para "se opor a ações" de Moscou.

 

Ele ainda disse as vésperas de um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, durante o G20, em Hamburgo, na Alemanha que “Declaramos urgente que a Rússia cesse suas atividades desestabilizadoras na Ucrânia e em outros lugares, e seu apoio a regimes hostis, incluindo a Síria e o Irã, e se junte à comunidade de nações responsáveis em nossa luta contra inimigos comuns e em defesa da própria civilização ", disse ele.

 

Com sua fala, Donald Trump coloca a chamada “comunidade de nações” contra a “Siria e o Irã”, como se esses países não pudessem ter sua soberania de estado e fazer alianças, mas sim tenham que ser derrotados pelo resto das nações bem como os países que se aliem a eles.