Sindicalista se desfilia do PMDB e expõe crise na base governista

A tramitação das reformas trabalhista e previdenciária continua fazendo estrago no PMDB. Nesta terça-feira (4) o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, divulgou sua desfiliação do partido após 30 anos. O sindicalista também deixa a presidência do PMDB-Sindical.

Ato contra reformas 30 de junho CSB

O dirigente enfatizou em carta dirigida ao presidente do PMDB, Romero Jucá, que “jamais se viu tamanha irresponsabilidade na história do Brasil”, referindo-se às reformas em tramitação no Congresso Nacional e que afetam gravemente a vida dos trabalhadores brasileiros. Na opinião de Antonio Neto, a aprovação das reformas é o único caminho para a “pequena organização que tomou de assalto o poder” evite a própria derrocada.

 
Segundo Antonio Neto, as reformas estão sendo impostas aos brasileiros para atender interesses “de grandes grupos econômicos e do setor financeiro”. O sindicalista afirma que a postura dos atuais governantes é “digna de governos autoritários” e tenta aprovar medidas que causarão “sofrimento, fome, desregulamentação do mercado de trabalho”.
 
O presidente da CSB finaliza a carta afirmando que uma “pequena cúpula” do PMDB “ignora os anseios e a vontade do povo”, destrói a Constituição de 1988 e rasga os direitos trabalhistas e sociais.