Com pré-sal, produção de petróleo cresce pelo terceiro ano seguido

De acordo com dados divulgados nesta segunda (3) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção de petróleo nas bacias sedimentares do país cresceu pelo terceiro ano consecutivo, influenciada pelos campos do pré-sal da Bacia de Santos.

petróleo - Agência Petrobras

No ano passado, a produção nacional cresceu 3,2%, chegando a 2,5 milhões de barris por dia, sendo que a elevação da oferta de petróleo do pré-sal alcançou a média de 1 milhão de barris por dia, um aumento de 33,1% em relação ao ano anterior.

Em relação ao gás natural, o crescimento foi de 7,9% em 2016, chegando a 103,8 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia). Os dados da ANP mostram que a produção de gás natural do pré-sal vem aumentando a participação no total produzido, chegando a 38,2% do total no ano passado.

A agência acredita que os resultados do pré-sal vão reforçar a atratividade dos blocos que serão leiloados nas próximas rodadas de licitação.

Em maio, a produção de petróleo e gás natural teve aumento de 4,5% em relação ao mês de abril e de 6,7% na comparação com o mesmo mês do ano passando, chegando a 2,6 milhões de barris diários.

A produção de gás natural atingiu 105 milhões de metros cúbicos por dia , 5% maior em relação a maio do ano passado e 2,1% acima do mês anterior. A produção total de óleo e de gás natural (petróleo equivalente) em maio foi de aproximadamente 3,3 milhões de barris por dia.

Pré-sal

Do total produzido no país, 1,57 milhão de barris de óleo equivalente foram extraídos dos campos do pré-sal. Segundo os dados da ANP o total extraído dos poços na região do pré-sal foi de aproximadamente 1,26 milhão de barris por dia de petróleo e outros 49 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, um crescimento de 5,1% em relação ao mês anterior.

A agência também apontou que os campos do pré-sal já respondem por 47,5% do total de petróleo equivalente extraído dos campos do país.

Exportações

Ainda segundo a ANP, as exportações de petróleo em 2016 totalizaram 798,2 mil barris por dia, o maior volume exportado de toda a série histórica. O total também representa um crescimento de 8,3% na comparação com 2015.

A agência apontou que, com o aumento da produção nacional, o país diminuiu em 44,9% sua necessidade de importação de petróleo, para uma média diária de 178,6 mil barrios.

Entretanto, as vendas de derivados pelas distribuidoras no mercado interno tiveram queda de 2,5% na comparação com 2015. O óleo diesel teve redução de 5,1% nas vendas, enquanto a gasolina C cresceu 4,6% e as vendas de etanol hidratado chegaram a cair 18,1%.

Em 2016, o país teve queda de 6,3% na produção nacional de derivados com o parque de refino processando 2 milhões de barris por dia. Consequentemente, o volume de importações de derivados subiu de 10,1%, de 2015 para 2016, indo a 488,1 mil barris/dia.

Apesar deste aumento, a ANP pontuou que houve uma queda de 15,2% nos gastos com a importação do produto, devido à redução dos preços internacionais.

A produção total de etanol caiu 4,1% e a de biodiesel foi 3,5% menor em 2016 em comparação ao ano anterior, causada pela redução no consumo deste tipo de combustível.

Por último, a ANP ainda informou que o montante gerado de participações governamentais em 2016 chegou a R$ 17,7 bilhões, sendo R$ 11,8 bilhões em royalties e outros R$ 5,9 bilhões em participação especial. Já o volume de obrigações relativas aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D &I) foi de R$ 862 milhões.