Estados Unidos buscam apoio na Europa para golpe na Venezuela

O diretor do escritório encarregado da implementação da política de sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Tarek Fahmy, anunciou desde a Espanha que Washington tenta convencer a União Europeia (UE) a que se some de alguma forma a seu programa de sanções contra a Venezuela.

Constituinte na Venezuela - Silvino Castrillo/MPPE

“Quando atuamos sozinhos, podemos atuar apenas sob nossa jurisdição, mas se as sanções forem apoiadas pelos parceiros, serão mais efetivas”, indicou, segundo notícia deste sábado (1º/7) veiculada pelo canal de TV venezuelano Globo Visión.

Fahmy sublinhou que a Administração do presidente estadunidense, Donald Trump, acompanha de perto a “deterioração da situação humanitária e de direitos humanos” na Venezuela.

Por outro lado, Fahmy explicou que a Casa Branca não quer “prejudicar o povo venezuelano”, apesar de todos os seus esforços para aumentar a pressão e as medidas punitivas contra o país sul-americano.

Estas declarações foram feitas dias depois que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, fez um acordo com seu colega espanhol, Alfonso Dastis, na quinta-feira (29 de junho), para aumentar a pressão sobre a Venezuela para que esta “volte a ser uma democracia”.

Em 18 de maio, Washington anunciou um novo pacote de sanções contra 8 magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, aos quais acusava de usurpar as funções da Assembleia Nacional (AN), controlada pela oposição.

Foi a segunda rodada de sanções contra titulares de altos cargos do país desde que Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos.

Por sua parte, as autoridades de Caracas denunciaram mais uma vez as políticas de ingerência da Casa Branca, a quem acusam de ordenar a direita venezuelana a destruir o país bolivariano mediante um golpe de Estado.