Protesto pede o julgamento dos assassinos de Colombiano e Catarina
A frente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em Salvador, foi ocupada, na manhã desta quinta-feira (29/06), por amigos e familiares de Paulo Colombiano e Catarina Galindo, casal brutalmente assassinado em 2010. O objetivo do ato foi protestar contra a demora no julgamento do caso, exatamente sete anos após os crimes e cinco anos depois que a investigação policial identificou os assassinos.
Publicado 29/06/2017 16:27 | Editado 04/03/2020 16:14
Em 2014, a Justiça baiana já havia pronunciado, em primeira instância, que os acusados iriam a júri popular, mas três anos depois a sessão de julgamento ainda não foi marcada. A decisão também excluiu do processo um dos acusados, Cássio Ferreira Santana, sob a alegação de insuficiência de provas, mas a família contestou a exclusão e recorreu da decisão.
Durante o protesto desta quinta-feira, um grupo chegou a entrar no Tribunal para conversar com a
“Ela disse que recebeu o processo essa semana porque chegou de férias, e que não ia dar um prazo, mas que ia dar celeridade, na medida das circunstâncias e respeitando os limites da lei, o que concordamos. O nosso pedido foi para que ela não deixasse o processo cair no esquecimento porque o povo baiano não vai deixar”, explicou Pascoal Carneiro. Ele ainda garantiu que as manifestações continuarão até o desfecho do caso.
Hélio Ferreira, vereador pelo PCdoB em Salvador, também cobrou celeridade ao processo e destacou o papel de Paulo Colombiano, considerado por ele como uma liderança sindical de projeção nacional. “Não vamos arredar enquanto esse crime não for julgado e os assassinos que agiram em nome do grande capital, em nome da ganância, sejam culpados”, garantiu.
Homenagem
Na ocasião, Geraldo Galindo, que também é vice-presidente do PCdoB-Bahia, pediu que os presentes no ato aderissem à Greve Geral marcada para sexta-feira (30), em resistência às medidas do governo Temer. “Se Paulo e Kate estivessem aqui, certamente estariam conosco protestando contra todas essas reformas que retiram nossos direitos. A grande homenagem que podemos fazer a eles é ir às ruas amanhã”, convidou.
O Caso
Os empresários e irmãos Claudomiro e Cássio Ferreira Santana foram apontados pelas investigações como mandantes dos assassinatos, que teriam sido cometidos por três funcionários: Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner de Souza. Os irmãos são sócios da MasterMed, empresa do ramo de planos de saúde, que possuía um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Colombiano era tesoureiro.
A análise dos contratos do sindicato feita por Colombiano o levou a concluir que a MasterMed havia aplicado uma fraude milionária na entidade de trabalhadores e essa teria sido a motivação do crime, ainda segundo as investigações. Enquanto voltavam para casa de carro depois de mais um dia de trabalho, Colombiano e Catarina foram vítimas de tiros disparados por motoqueiros.
De Salvador,
Erikson Walla