Denúncia contra Temer aprofunda racha no PSB

A divisão no PSB provocada pelo racha dos que defendem a saída e os que querem a permanência de Michel Temer do poder, além da proximidade das eleições para a presidência da legenda em outubro, deverá ficar ainda mais profunda em função da articulação para tirar dois membros dos quatro membros do partido da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, de maneira que todos os votos socialistas na comissão sejam pela aceitação da denúncia contra ele.

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 Os deputados Tadeu Alencar (PE) e Julio Delgado (MG) já se posicionaram que deverão votar pela aceitação da denúncia pela CCJ. Já os parlamentares Danilo Forte (CE) e Fabio Garcia (MT) são tidos como governistas e a cúpula socialista teme que eles votem pelo arquivamento da denúncia contra Temer. A possibilidade de substituição destes dois nomes será discutida em uma reunião ainda esta semana.

Os nomes mais cotados para substituir os deputados considerados governistas são Danilo Cabral (PE) e Hugo Leal (RJ). Caso opte pela substituição, porém, O PSB terá que lidar com a líder do partido na Câmara, Tereza Cristina (MS), que também é considerada como aliada do governo Michel Temer.

O PSB foi um dos partidos que avalizou o golpe parlamentar que depôs a presidente eleita Dilma Rousseff. Antes de ir para a oposição o partido fez parte da base governista e segue ocupando cargos no primeiro escalão do governo Temer.