Congressos estaduais da CTB fortalecem a luta antirracismo

A secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) nacional, Mônica Custódio festeja a criação de novas secretarias estaduais de Igualdade Racial.

Por Marcos Aurélio Ruy, do portal CTB

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A primeira estadual a criar secretaria de Igualdade Racial em seu Congresso foi a CTB-AM. Mais recentemente chegou a vez da CTB-ES e CTB-SP entrarem com tudo no combate ao racismo.

“Muito importante para a população negra que o movimento sindical incorpore a luta por igualdade de direitos e pelo fim da discriminação racial”, diz Custódio. "Ao mesmo tempo em que lutamos por Diretas Já e Fora Temer".

Para ela, é fundamental a classe trabalhadora se engajar nessa questão específica ao mesmo tempo em que “lutamos para acabar com a exploração do capital sobre o trabalho”.

Adriana Silva é a secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da CTB-ES, Edson Brelaz da CTB-AM e Lidiane Gomes, da CTB-SP. “Foi uma satisfação muito grande saber que além da direção da CTB, todo o conjunto de ativistas dos sindicatos apoiam a criação dessa secretaria”, afirma Gomes, professora em Campinas (SP).

Gomes revela que ficou muito emocionada durante o Congresso da CTB-SP. “A emoção foi tão forte que aumenta a importância da secretaria a partir da sua criação”, diz. “Aumenta também a responsabilidade sobre o papel que essas secretarias vão jogar na busca dos direitos iguais entre negros e brancos”.

“Deu para perceber nitidamente”, diz Gomes, “o quanto as pessoas necessitavam desse instrumento para defender os nossos direitos e uma sociedade sem preconceitos”. Por isso, “as secretarias irão desempenhar um papel extremamente importante na conquista de igualdade no mundo do trabalho e na sociedade”.

Ela conta que falou para um aluno certa vez que ela “queria que ele fosse o que quisesse na vida e não fosse obrigado a se submeter ao que sobrou, porque ninguém quis. Isso é o que acontece com negros e negras, ficamos com o que sobrou, com os trabalhos pior remunerados, que ninguém quer”.