PCdoB/Campinas cria Secretaria de Combate ao Racismo

No momento, Tiãozinho pretende fazer com que a secretaria seja um espaço privilegiado para organização, formulação e articulação da atuação da militância comunista no combate ao racismo em suas diversas formas de manifestação e opressão. Gervásio propõe que a secretaria se aproprie de experiências históricas no posicionamento da luta étnico-racial, como o pensamento de Clóvis Moura, e realize seminários para formulação e discussão de políticas públicas municipais.

Gervásio considera que o racismo no Brasil ainda vem de forma bastante disfarçada, inclusive nas estruturas governamentais. “A todo, momento você é parado pela polícia. Precisamos denunciar o genocídio e a violência policial”, aponta. O Atlas da Violência 2017, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) ratifica essa questão. Segundo o estudo, de cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil, 71 são negras. Jovens e negros do sexo masculino continuam sendo assassinados todos os anos como se vivessem em situação de guerra. Em 2012, o risco relativo de um jovem negro ser vítima de homicídio era 2,6 vezes maior do que um jovem branco. O Atlas faz uma análise da evolução dos homicídios entre 2005 e 2015 e está disponível em: http://ipea.gov.br/atlasviolencia/