Loures diz que está sofrendo "ameaças diretas e indiretas à vida"

Atendendo ao pedido da defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), sob o argumento de estar "sob risco de vida", o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que ele seja removido do complexo penitenciário da Papuda, onde está preso, e volte à carceragem da Polícia Federal em Brasília. 

rocha loures - agencia camara

Loures, que foi assessor especial do presidente Michel Temer, disse que está sofrendo "ameaças diretas e indiretas à vida" desde que foi detido, em 3 de junho. Ainda de acordo com o advogado do peemedebista, o pai de Loures teria recebido um aviso, pelo telefone, de que o filho estaria sob risco caso.

"Os fatos narrados, ainda que não estejam desde logo embasados em elementos probatórios que lhes deem suporte, são graves o suficiente para que se dê ao menos notícia ao Ministério Público a quem incumbe, no âmbito de suas atribuições, deflagrar instrumentos voltados à respectiva apuração", disse Fachin no despacho, pedindo que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste sobre essas suspeitas.

Fachin transferiu Loures da Papuda à Superintendência da Polícia Federal. Ele determina, ainda, que a polícia tome "as cautelas necessárias à preservação da integridade física" do ex-deputado.

Loures e Temer são investigados por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça em um inquérito aberto no STF com base nas delações de executivos do grupo JBS.