Serviços e construção puxam queda do emprego formal em São Paulo

O estado de São Paulo fechou 308.461 postos de trabalho formais no primeiro trimestre, queda de 2,5% no estoque em relação a igual período de 2016, com destaque para os setores de construção civil e serviços, aponta estudo da Fundação Seade, ligada ao governo paulista.

Indústria da construção civil

Na região metropolitana, que responde por 53% dos empregos com carteira assinada, a retração foi de 2,8%, com eliminação de 179.751 vagas. Os dados se baseiam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

A atividade de serviços fechou 96.845 vagas (-1,6%), principalmente em atividades administrativas/serviços complementares (34.887), transporte, armazenagem e correio (29.461), informação/comunicação/atividades financeiras (20.729). A construção eliminou 89.950, queda de 12,3%), enquanto a indústria de transformação cortou 78.987 (-3,3%), com destaque para o setor metal-mecânico (-48.266).

Também foram fechadas vagas no comércio/reparação de veículos: 34.354, queda de 1,3%. E a agricultura/pecuária cortou 7.345 (-2,2%).

O número de emprego formais no estado, no final do trimestre, foi de 11.938.009. Cai 2,5% na comparação anual e fica estável (0,1%) em relação ao último período de 2016.

Na região metropolitana, o estoque de empregos atingiu 6.305.034, variação de -2,8% em um ano e de -0,3% no trimestre.

De janeiro a março, a ocupação com maior saldo negativo foi a de vendedor de comércio varejista, com menos 10.956 empregos. Depois vêm trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (-9.587), operador de caixa (-6.131) e vigilante (-2.800).

No mesmo período, os principais saldos positivos foram registrados com as seguintes ocupações: trabalhador na cultura de cana de açúcar (12.081), alimentador de linha de produção (5.281) auxiliar de escritório (4.353), tratorista agrícola (3.656) e professor de nível médio no ensino fundamental (3.412).