EUA pretendem impor novas sanções contra Rússia

Senadores estadunidenses de ambos os partidos concordaram em impor novas sanções contra a Rússia como medida de resposta para sua “interferência” nas eleições presidenciais nos EUA e suas ações na Síria e Ucrânia.

Bandeiras dos Estados Unidos e Rússia

Segundo informa o NBC News, citando a declaração dos senadores na segunda-feira (12), novas sanções serão introduzidas contra “violadores de direitos humanos”, fornecedores de armas ao governo do presidente sírio, Bashar al Assad, e também contra aqueles que estavam envolvidos em “ciberataques mal-intencionados” realizados “a favor da Rússia”.

Além disso, o Senado norte-americano planeja trabalhar nas medidas que antes foram introduzidas contra a Rússia, em particular, no setor energético do país.

“Sistematizando as sanções que já foram introduzidas e exigindo a autoridade do Congresso para qualquer decisão relativa a ela (seja seu endurecimento ou levantamento), nós garantimos que os EUA continuam castigando o presidente [da Rússia] Putin pelas suas ações imprudentes e desestabilizadoras”, declarou o líder da minoria do Senado.

Não obstante, tal acordo não significa que a decisão sobre sanções antirrussas seja a final. Os senadores irão votar a favor ou contra na quinta-feira (15). Em seguida, as sanções devem ser autorizadas na Câmara dos Representantes para depois passarem pela Casa Branca.

No início de maio, foi informado que o Comitê para as Relações Exteriores do Senado dos EUA suspendeu o projeto de lei que visava sistematizar as sanções antirrussas já existentes e adotar novas. Mais tarde, o presidente do comitê, Bob Corker, disse que o projeto de lei pode ser considerado em breve.

Ao mesmo tempo, o novo documento contém uma cláusula que impede Donald Trump de cancelar sanções já existentes por meio de sua consagração na legislação.

A administração do ex-presidente dos EUA, Barack Obama, introduziu, no fim de dezembro de 2016, sanções contra nove instituições russas, empresas e pessoas físicas, incluindo o GRU (Departamento Central de Inteligência da Rússia) e o FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia), por causa da alegada “interferência nas eleições” e alegada “pressão sobre diplomatas dos EUA” que trabalham na Rússia.

Ao mesmo tempo, representantes do Senado dos EUA afirmaram pretender realizar sua própria investigação do caso. No entanto, as autoridades norte-americanas nunca apresentaram prova alguma da conivência da Rússia com os ataques cibernéticos para influenciar nos resultados das eleições presidenciais nos EUA.

O presidente russo, Vladimir Putin, negou todas as alegações de que seu país teria influenciado nas eleições de 2016 nos Estados Unidos e exigiu uma rigorosa investigação do ataque químico na Síria.