Venezuela responde à violência para conseguir a paz

A violência imposta por setores da ultradireita na Venezuela obrigou o governo do presidente Nicolás Maduro a aplicar a segunda fase do Plano Zamora, que busca proteger a estabilidade da nação.

Por Miguel Fernández Martínez

Manifestação em defesa da Constituinte na Venezuela - AVN

Este esforço coordenado entre os diversos setores da segurança nacional, comprometidos com a salvaguarda do povo, conseguiu evitar que as ações de vandalismo dos grupos neofascistas tenham consequências maiores.

Por sua vez, os resultados destas operações permitem ter uma visão muito mais clara da realidade que está por trás das ações desses bandos armados, financiados por partidos políticos da oposição, que se escudam nas manifestações de protestos, para gerar o caos, a destruição, e inclusive a morte.

Já não há dúvidas de que esse cenário de medo e pânico para desestabilizar o país é a condição indispensável da oposição para executar o plano golpista que busca derrocar pela força o governo bolivariano, violência que até agora cobrou a vida de mais de 60 pessoas em apenas dois meses.
As mais recentes detenções de chefetes de grupos violentos permitiram corroborar, a partir de suas confissões, os estreitos vínculos destes criminosos com os líderes opositores que instigam a violência.

Um dos casos mais significativos foi a detenção, em meados de maio, do cidadão Nixon Alfonso Leal, vinculado diretamente com o partido opositor de extrema direita “Primero Justicia”, que esteve envolvido no plano “La Salida”, que esse grupo ativou em 2014 e que deixou como saldo 43 mortos.
Este cidadão era o responsável da insurgência armada que operava nas zonas da capital de Altamira, Chacao e Bello Monte, no leste de Caracas, e que articulou grupos armados em Catia, a oeste da capital.

Também foi possível encontrar material bélico, que inclui uniformes militares, explosivos, armas e munições, assim como depósitos onde se constroem armas artesanais.

Em outros focos de violência nessa nação sul-americana – também gerados pelos partidos de direita -, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) enfrentou grupos paramilitares procedentes da Colômbia, que operam na zona fronteiriça entre ambas as nações e se ocupam do tráfico ilegal de armas e do abastecimento destinado aos grupos violentos.

Esta rota fronteiriça, ademais, é a que serve como via de abastecimento das drogas que entram na Venezuela – segundo o resultado de pesquisas oficiais – para ser distribuídas entre os participantes das ações de vandalismo em vários pontos da geografia venezuelana, entre elas o Captagon, uma substância proibida conhecida como a ‘droga jihadista’, por ser empregada e produzida pelo grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico, na Síria e no Iraque.

Os resultados destas ações vão mais além de qualquer reclamação política ou social. A destruição de lojas, escritórios e instalações públicas, a profanação de túmulos e o assassinato a rodo, inclusive a queima de seres humanos vivos, denotam o tipo destes bandos armados que a grande imprensa insiste em apresentar como manifestantes ‘pacíficos’.

Mas a ultradireita venezuelana persiste em conquistar o poder a todo o custo, e como não consegue acumular os votos necessários nas urnas, não tem outro recurso senão tirar do armário as suas agendas fascistas e apelar a estas práticas terroristas, que já começaram a ter resposta do povo venezuelano.