Rachado, PSDB decide hoje se desembarca ou não do governo Temer

A novela sobre o desembarque do PSDB do governo Michel Temer continua. A legenda aguardava a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a ação que moveu contra a chapa Dilma-Temer para deliberar em reunião que acontece nesta segunda-feira (12). Mas tudo indica que os tucanos seguirão a tradição e ficarão em cima do muro.

Michel Temer - Foto: Evaristo Sa/AFP

Temer e os tucanos se uniram para dar um golpe contra o mandato de Dilma Rousseff. Aliados de ocasião, os tucanos prometeram sustentar o governo em troca do apoio nas eleições de 2018 e com a garantia da imposição de uma agenda de reformas.

Mesmo diante da estratosférica impopularidade de Temer, os tucanos mantinham o governo, mas a história começou a mudar com as revelações das conversas com o empresário da JBS e o avançar das ações da Procuradoria-Geral da República contra Temer. Segundo fontes do Palácio, ele vai dedicar-se exclusivamente para tentar recompor a base que está em frangalhos.

Internamente, o PSDB está rachado. A cúpula tenta acalmar os ânimos da base que quer o rompimento por considerar que a situação de Temer é instável e pode respingar nas urnas em 2018.

Outras legendas como o PSB, PPS, PTN e PHS, após a delação da JBS, anunciaram que passariam a atuar na oposição.

Já aqueles que defendem a permanência no governo argumentam que o mais importante é garantir as reformas e, portanto, se manter no governo é crucial.

Para aumentar a tensão, especulações dão conta de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar contra Temer. Na última semana, o presidente devolveu as perguntas feitas pela Polícia Federal sem respostas, enquanto capitalizava a absolvição da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).