Cristina Kirchner sinaliza candidatura ao Senado argentino

Em entrevista à TV argentina nesta semana, a ex-presidente Cristina Kirchner fez duras críticas ao atual governo de seu país, liderado por Mauricio Macri, e também não poupou Michel Temer, presidente do Brasil, classificado por ela como “um farsante cafona”.

Cristina Kirchner - Reprodução Facebook / Cristina Kirchner

Cristina também disse que “se for necessário” que ela seja candidata nas eleições legislativas em outubro para que a oposição a Macri se fortaleça no Congresso, ela se dispõe a entrar na disputa.

Na entrevista que foi ao ar no canal C5N, a ex-presidente convocou toda a oposição a “construir a unidade para frear” a política econômica do governo Macri. “Se for necessário que eu seja candidata para [a oposição] ter mais votos, eu sou. Se há outro candidato ou candidata que possa garantir a vitória e quando se sente na bancada vote como deve votar, que sejam bem-vindos”, disse Cristina.

A ex-presidente disse que é necessário decretar “emergência alimentar” e “farmacológica” na Argentina devido ao aumento dos preços no último ano e meio e propôs que o Estado intervenha na cadeia de produção para reduzir os preços destes itens essenciais. Segundo Cristina, o papel do Estado “não é intervir contra os poderosos”, mas “a favor dos que mais necessitam” para “equilibrar a balança”.

Cristina também criticou o aumento da pobreza no país, que, de 28% no fim de seu mandato, passou a atingir 32% da população argentina em 2017, e disse que Macri “está protagonizando um formidável calote eleitoral”. “Não só não estão cumprindo suas promessas, como também fazem o contrário do que disseram que iriam fazer”, disse a ex-presidente.

Ela também falou sobre a crise política no Brasil e disse que Temer é “um palhaço desastroso”. “Olha o que está acontecendo no Brasil, esse farsante cafona que têm como presidente. Um dia chama as Forças Armadas para reprimir, mas no dia seguinte retira o decreto. É um escândalo”, afirmou.