Reino Unido: Terror em Manchester causa impacto na campanha eleitoral

Após o ataque na Manchester Arena no último domingo (22), em Manchester, no Reino Unido, a conservadora Theresa May e o rival trabalhista Jeremy Corbyn concordaram em suspender, temporariamente, a campanha para as eleições legislativas antecipadas.

Jeremy Corbyn

Micheal Bruter, professor de Ciência Política na London School of Economics, afirmou para a mídia europeia que ataques terroristas, têm "tendência a fortalecer os partidos extremistas e a fortalecer partidos políticos de direita. O elemento mais indireto é que estes ataques costumam criar uma certa ruptura na campanha"

Segundo Bruter, "a campanha foi interrompida num momento em que o Partido Conservador perdia a liderança, a questão é se esta interrupção lhes vai permitir apagar a dinâmica negativa. Poderia voltar à questão da segurança: uma liderança forte é o enquadramento que Theresa May tem tentado dar à campanha desde o início. O seu principal argumento foi a estabilidade, precisamos de uma forte maioria, de um governo forte e, de certa forma, o ataque terrorista é o tipo de argumento que ela vai usar.”

O atentado suicida no final do espetáculo de Ariana Grande, na Manchester Arena, provocou pelo menos 22 mortos. A primeira-ministra britânica, Theresa May já condenou o ataque. A campanha foi suspensa como sinal de respeito para com as famílias das pessoas envolvidas no ataque. O Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado.