Egito é a favor da criação de uma Otan árabe

O presidente dos EUA Donald Trump visitou recentemente a Arábia Saudita, onde teve lugar a cúpula de líderes de países muçulmanos e árabes. Um deputado egípcio comenta a posição do seu país em entrevista à Sputnik Árabe.

O rei da Arábia Saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud dá as boas vindas ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump na chegada do estadunidense a Riad, capital da Arábia

No âmbito da cúpula, o rei saudita disse que o encontro com o presidente dos EUA "reforçará a aliança contra o extremismo e terrorismo". Donald Trump, por sua vez, afirmou que os EUA estavam buscando criar "coalizões de nações" contra o terrorismo.

Ahmed Ismail, membro do Conselho de Defesa e Segurança Nacional do parlamento egípcio, contou à Sputnik Árabe que em Riad se estava decidindo a futura distribuição de forças na região e que foi por essa razão que o presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi foi à cúpula.

"O papel principal do Egito é restabelecer o equilíbrio de forças no Oriente Médio e proteger os países do Golfo Pérsico de ameaças externas. Ao mesmo tempo, o Egito não acredita nas afirmações da parte norte-americana".

"O presidente Abdel Fattah al-Sisi e o Estado do Egito confirmaram a necessidade de resolver a crise síria pacificamente e não pela força. Foi abordada a questão da criação de uma "Otan árabe".

O Egito irá fazer parte dela, mas se manifesta contra uma confrontação com a Síria, pois na Síria se pode lutar apenas contra o terrorismo. Além disso, a agenda incluiu a questão das zonas de influência e da futura estratégia na região, por isso a presença do Egito era indispensável", disse Ahmed Ismail.

Quanto a Donald Trump, o Egito conhece muito bem as particularidades da política norte-americana. As pessoas e os presidentes mudam, mas a política e os objetivos continuam os mesmos. De acordo com o deputado, o presidente Abdel Fattah al-Sisi sabe isso muito bem e vai agir conforme os interesses nacionais.